10 de dezembro de 2010

Capitulo 1: Amigo Oculto

Mais um dia frio em minha cidade. Era inverno. E ainda por cima eu tinha que acordar bem cedo para ir ao colégio. Ótimo!
Bom, não tinha nenhum bom motivo para continuar indo àquele lugar. Sentia-me melhor longe de tudo aquilo. Não sei por quanto tempo iria conseguir suportar...
Desliguei o despertador e me arrumei rapidamente com pressa. Queria que isso acabasse logo. Quem sabe se enfrentasse acabasse?!
Na verdade, queria desistir. Mas não daria este gostinho às garotas.
Elas iriam vencer a guerra. Pois era isso que elas queriam, que eu desistisse. Mas não daria o gostinho de vitoria a elas. Já tinha perdido minha melhor amiga e minha felicidade, não ia deixar que elas conseguissem me tirar o resto. Mas uma parte que elas não conseguiriam tirar de mim era Robert.


Entrei relutante pelo portão da escola e fui para um local que não houvesse ninguém. Excluíra-me completamente daquela sociedade. Eu não fazia mais parte dela e nem queria fazer.
Em pouco tempo estava na sala tendo uma aula na qual tentava prestar o máximo de atenção possível e segurar as lagrimas. As aulas de inglês passaram rápido o suficiente. A aula de matemática chegou. Não que não gostasse do professor, mas odiava matemática.
O sinal tocou avisando que o intervalo finalmente (para o resto da escola) chegou. Para mim, a pior parte era o intervalo. Não podia ficar na sala, pois elas ficavam e eu não podia ficar ali porque não queria olhar para as caras de sínicas que elas iriam fazer. Consigo ate imaginar... Mas a pior parte era que teria que olhar para Katye e fingir que suporto olhar para ela sem chorar.
Não mantinha contato visual com nenhum dos meus colegas de sala, apenas com os professores. Pelo menos para eles não tinha que fingir que estava feliz.
Fiquei na sala ate que elas chegassem. Percebi que o professor ainda estava ali. Ele olhou nos meus olhos tristes.
-Tudo bem Susannah?
Assenti e baixei a cabeça. Não eu não sabia mentir e não devia tentar.
-Por que você não se da bem com as meninas?
-Professor, eu... -Suspirei tentando achar as palavras certas. –No passado elas me fizeram coisas ruins e continuam fazendo. Acho que não posso tentar conviver bem com elas como se nada tivesse acontecido.
Ele olhou meu rosto e assentiu cuidadosamente. Eu estava falando toda a verdade.
-Você não vai descer?
-Não, vou ficar aqui enquanto elas não sobem.
-Tudo bem, ate depois.
-Ate logo. –A próxima aula seria com ele também?
Ele saiu e as lagrimas ameaçaram sair, mas não podia demonstrar fraqueza na frente delas. Quem sabe tivesse tempo para chorar depois que lesse meus livros. Quando fosse dormir ou ate mesmo em meus sonhos...
Minha vida ficou um pouco mais alegre quando percebi que elas não podiam subir porque o portão estava trancado. Mas eu podia levar uma bronca de minha diretora o que não era tão feliz. Eu a odiava.
O sinal tocou e logo meu professor estava ali. Sim, eu tinha matemática novamente. A aula passou relativamente rápida então eu estava “feliz”...
Essa era penúltima aula, agora tinha geografia. Também odeio geografia, mas não odeio o professor. A outra aula chegou rápido.
Para melhorar meu dia tinha uma prova da qual nem sabia que haveria e nem do que se tratava. Minha mais recente piada interna... Minha vida vai de mal a pior. Se um dia escutar isso saindo da boca de outra pessoa vou começar rir e/ou chorar...
Terminei a prova em primeira, o professor corrigiu e por incrível que pareça eu tinha tirado uma nota boa... Pelos meus chutes. Chutes são mais justos que cola, e sabia que os outros colavam. Mas me sentia injustiçada às vezes por ter tirado notas vermelhas enquanto eles colavam e tiravam notas azuis. Mas mesmo assim, eu não colaria. Era errado. Tinha que tentar ser boa para Robert.
O ultimo sinal tocou então sorri. Olhei para o professor depois de desfazer o sorriso.
-Pode guardar suas coisas. -Ele assentiu...
Eu não falava uma palavra se quer se não fosse com Tyler. Ele não era meu melhor amigo e não queria substituir Katye. Mas ele era a única pessoa que falava comigo, então....
Depois que arrumei minha mala sentei e esperei.
-Pode descer Susannah.
-Tchau, professor. Bom final de semana.
-Obrigada, para você também.
Sai pela porta e fui embora. Sozinha novamente. Apenas eu e minha mente. Minha mente me forçava a pensar em Robert todos os segundos do dia. Meu mundo de fantasias me fazia esquecer o mundo real que era injusto e cruel. Onde as pessoas sofriam, morriam e ficavam longe de quem amavam.
Mas sabia que isso era apenas uma das barreiras que enfrentaria em minha vida para ficar mais forte, Deus me ajudaria a passar por isso. Ele estava ao meu lado.
Sem perceber estava em frente à minha casa, sem perceber dei passos para trás fugindo do que aconteceria. Minha mãe brigaria comigo por algum motivo desconhecido, minha irmã me provocaria, meu pai daria uma bronca e falaria que eu devia ajudar minha mãe sempre. Tudo era assim, todos os dias.
Foi como imaginei... Os dias passavam rápidos e todos eram horríveis.
Quando percebi estava na escola olhando para a pior professora do mundo. E logo, decidindo participar do amigo oculto.
Na verdade só participei porque senti que devia ser assim. E queria muito que o nome que estivesse em meu papel fosse Katye. Mas não, estava escrito Darah. Eu gostava dela, mas queria que fosse Katye. Eu devia pensar que tudo tem um motivo... Mas queria poder fazer as pazes com Katye. Era o que eu mais queria em meses... Além de poder ter o amor da minha vida perto de mim. Uma coisa um pouco impossível.
Tudo bem... Acho que os dois pareciam impossíveis. Mas quem sabe se eu tentasse... Conseguisse?

1 de dezembro de 2010

A sonhadora
Prólogo: O começo de um amor

Estava acostumada a minha vida. Era tudo normal. Mas quando o conheci tudo isso mudou.
Quando o vi novamente meu coração disparou, lutei contra as lagrimas que se formaram em meus olhos tristes.
Ele mudou minha vida em apenas uma frase. Uma frase que não havia sido dita a mim, mas que fez meu coração explodir.
Eu, realmente, nunca acreditei em amor em primeira vista. Para mim era apenas mais uma invenção idiota do ser humano. Mas como sempre, descobri que estava errada.
Não quis admitir que eu o amava por um semestre,mas depois disso tudo mudou.Ele se tornou presente em todas as partes de mim e de minha vida.Então ,não tive mais motivos para esconde-lo,tanto de mim,como das pessoas que me cercavam.
Isso foi um acidente, mas foi, ao mesmo tempo, a melhor coisa que me aconteceu. Esse amor me ensinou tanto... Mas ainda o amo. E a cada dia amarei mais!

Os segredos de uma lua

-Quando você vai me contar sobre o tal... Como é mesmo?-Ellye sussurrou.
-O nome dele é Josh. E eu vou contar quando tiver certeza se ele que quer comprar aquela velharia que você chama de carro. –Eu disse sorrindo.
-Você é muito meiga, sabia?-Disse Ellye com sarcasmo.
Olhava para frente, o caminho íngreme da Rua da Sandly University. Tínhamos dois trabalhos pela frente e muita lição. Ellye só pensava na venda de seu fusca.
-Ele é de confiança?Pelo menos me diga isso e não toco mais no assunto. -Ellye insistiu.
-É claro que é, Ellye. Você realmente acha que negociaria com um drogado, ladrão ou um traficante?-Usei o sarcasmo como ela, provocando.
-Desculpe-me, estou preocupada com minha renda. -Ellye deu de ombros e isso era uma simples maneira de dizer: ”Pronto eu paro de falar nisso!”
-Tudo bem. -Respondi tanto a uma frase, quanto a outra.
Passamos pela ponte Nello’s e avistamos a antiga casa dos Stanley.
Eu realmente não acreditava em historias de terror, muito menos em magia. Mas aquela casa me dava arrepios, porem curiosidade. E minha curiosidade era algo incontestável. Mais cedo ou mais tarde descobria o queria. E o que queria no momento era descobrir o que havia dentro daquela casa.
-Eu não entraria nesta casa nem por dinheiro... Hum, pensando melhor, não seria uma má idéia. Estou precisando de dinheiro. -Ela estava desesperada para comprar um carro que ela vira dois dias atrás.
-Nós temos que ir... Odeio passar na frente dessa casa. -Apontei com o dedo.
-Você anda mal humorada!Por quê?-Ela pensou por um momento. -Ah imagino que seja por causa do Scot... -É claro que ela colocaria a culpa no fim de meu namoro.
-O Scot é passado!-E era verdade, não era apenas uma desculpa.
-Tudo bem... -Ela usou o sarcasmo novamente para me provocar.
-Mal humor. - Devolvi com a mesma moeda.
Aquela era a discussão mais ridícula que tivemos.
Sorri para tentar fazê-la esquecer disso. Mau humor?Da onde ela tira isso?!
Passamos pela frente da casa, sem olhar, sem querer saber que ela estava ali... Tão perto.
Passamos por outras casas abandonadas que não nos metiam tanto medo como a dos Stanley. Havia algo nela, eu tinha certeza!
Depois de passar pelo cemitério e a igreja fomos para o nosso apartamento fazer os trabalhos e tarefas da escola.
A tarde se passou em segundos, logo estava escuro o suficiente então fomos dormir, pois já havíamos acabado de fazer tudo.
A manhã brotava pela janela do quarto ainda escuro por causa das persianas ainda fechadas. Olhei para cama de Ellye, mas não havia nenhuma forma irregular alem das cobertas.
Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e respirei fundo e pude sentir o cheiro de café sendo coado na cozinha.
Arrumei-me para a escola e fui para cozinha para saber qual o motivo de Ellye não ter me acordado. Sem olhar para o relógio do corredor, e chegando á cozinha a vi a frente do micro-ondas.
-Por que você não me acordou?
-Sabe que horas são?E que dia é hoje?
-Não.
-Não?!São seis horas da manhã e é dia 31 de outubro, seu aniversario, amorzinho. Parabéns! -O que?Você esta brincando?!
Corri ate o calendário, e, contudo, era verdade. Meu aniversario!Oficialmente com 20 anos.
-Então tirou suas provas?
-É verdade...!
-Claro. Temos que comemorar.
Ela pegou um banco encostou do lado da geladeira para poder pegar uma caixa embrulhada com papel camurça preto e com uma fita vermelha - minhas cores favoritas-, e entregou a mim.
-Não precisava... Você sabe disso.
-Mas eu queria.
-A mesma historia de sempre. -Sorri para ela e a abracei. -Obrigada. -Sussurrei e seu ouvido e as lagrimas caíram dos olhos, tanto dos meus quanto dos dela.
Abri a caixa com as mãos tremulas.
Era algo que não fazia idéia que ela iria considerar, mas também, a única coisa que realmente queria ter e, que estava aguardando o salário para comprar.
-Eu não acredito!
-Que bom que gostou.
Abracei novamente aquela pessoa que se tornou importante para mim com o passar dos anos.
-Tem idéia de como queria isso?
-Claro quando você viu esse colar você quase surtou.
Olhei para o coração partido ao meio.
-Você sabe que não vou usar as duas partes, certo?
-Imagino que você irá dar a outra parte para Scot, pedido de desculpas, certo?
-É claro que não! É para você, bobinha!
-Obrigada.
-Para Scot só dou uma coisa...
-O que?Um beijo?
-Não, uma surra!
-Tudo bem, chega!Antes que você me confunda com ele...
Sorrimos.
-Eu fiz o café para você!
-Então vamos comer e obrigada de novo!

22 de setembro de 2010

O fim

Prologo::Memorias
Houve uma era em que a terra conheceu a paz, mas tudo isso acabou quando Mark nasceu.
Ele trouxe a guerra ao mundo, e os humanos começaram a desafiar seu rei. Ralph, o rei, era pai de Mark o príncipe da cidade destruída.
A cidade chamava-se Sudley.
Ralph não era humano, mas Anastácia, mãe de Mark era. Ania morrera no parto após descobrir que pai e filho eram de uma espécie ameaçadora para toda a raça humana, mas ela amava Mark tanto quanto Ralph e deu sua vida por ele.
A guerra começou porque descobriram o que exatamente o rei jovem e bonito era e poderia fazer.
O povo de Sudley revoltou-se e expulsou seu rei e seu príncipe. Mas Ralph criaria Mark para a vingança e os dois destruiriam a cidade sagrada e matariam sua sede, tanto por vingança quanto por sangue.
Um milênio depois.
CAPITULO 1_Mudança de ultima hora

Meu pai esta insuportável. Ou atacamos logo ou ele me deixara louco. Alem da sede enlouquecerei por falta de paciência. Ótimo!
Ele chegara à uma hora e então sairei para não ser obrigado a suportar suas reclamações. Cresci as escutando, mas agora tudo é pior, com mais freqüência.
Para mim as horas passam voando, já que sou um vampiro. Isso ate que é bom... Não tenho tantos passa tempos quanto os humanos, gosto de caçá-los isso é a única coisa. Não há mais nada de importante para um vampiro alem disso.
-Ele chegou. Droga!
-Mark?
-O que foi?Vai dar um discurso ou posso caçar? Eu vou morrer então de preferência devo caçar imediatamente!
-Eu te criei para você me obedecer, então eu espero que o faça ou acabarei com sua existência!
-Você por acaso queria que eu sentisse medo?Essa foi à pior ameaça que você fez, pois sei que você não me matara antes que cumpra o objetivo ao qual fui resignado, então não preciso ter medo.
-Esperto, mas ultimamente você anda rebelde o suficiente para me fazer querer te matar antes disso.
-Mas não o fará então me deixe ir, pois minha garganta arde o suficiente para me alimentar de uma cidade inteira.
-É mais complicado do que você pensa. Matar uma cidade inteira tem um custo, ainda mais quando se é príncipe dela.
-Eu posso ser muito mais aterrorizante que você na questão: vampiro!Sei que posso lidar com uma cidade inteira sem dificuldade alguma.
-Pelo menos sei que se amasse alguém... Não a deixaria morrer porque ela simplesmente quis, eu a transformaria, seria inteligente.
-Você sabe o porquê disso!Eu era rei estava ocupado, mas se soubesse a transformaria.
-Eu vou ir mentiras me causam enjôo!
Odiava vê-lo se passar por vitima, tentar ocultar o erro que cometeu o tronava mais culpado ainda.
Corri por toda a cidade, procurando alguém doce o suficiente para me alimentar. Respirei fundo e deixei o sangue de uma garota entrar por minhas narinas. Ela era quem eu procurava, imaginei como sofreriam sem ela e, por outro lado imaginei como eu sofreria sem seu sangue doce e saboroso. Com certeza quem a amava sofreria mais, mas era tão irresistível que...
-Não!-Sussurrei. -Eu devia tentar me controlar... Se não quero ser como o idiota que chamo de pai, devo me controlar.
Fugi dali tentei ver o que havia nos arredores da cidade, encontrei muitos animais, mas nenhum com cheiro bom o suficiente.
-Mas que droga!Ou isso ou acabar com famílias. O que você prefere seu idiota?!
Tudo bem respire!Você consegue se controlar.
Eu realmente achei que isso não bastaria, mas consegui. O mostro que eu era não existia mais, isso me deixava feliz. Eu realmente não era como Ralph!
Não sabia o que estava drenando, mas sabia que isso era muito importante para mim. Sabia que meus olhos não estavam abertos, pois eu tentava desfrutar daquilo ao máximo possível. Eu realmente conseguia me controlar!
Não podia voltar para casa, se é que devia chamar aquilo e casa. Eu não queria voltar para aquele maldito lugar. Queria ir para um lugar diferente sem data para voltar, mas eu tinha algo a fazer. O dia aproxima-se cada vez mais. Se fizesse isso ele me deixaria em paz, mas me culparia para sempre por acabar com uma cidade inteira. Eu tentaria evitar essa tragédia, não era um monstro e não me tornarei um para ser livre. Sempre fui egoísta como Ralph, mas agora eu tenho que mudar, eu não posso continuar a ser um reflexo dele!Não mais!
Tudo bem chega de pensar nisso!Agora vou para um lugar que não esteja no raio de um quilometro de Ralph. Na verdade, isso é relativamente, pouco para um vampiro. Quem sabe uns cem quilômetros?!
Um lugar para ir... Um bar é um ótimo lugar.
Não olhei para os lados nem para o caminho que segui, apenas procurei ficar distante de Ralph. Encontrei um bar na costa leste de Aryana.
Não me importei muito com o nome da cidade em que estava eu queria conhecer a cidade o suficiente para não destruí-la.
Sentei-me à mesa mais próxima da porta e esperei que não me atendessem. Mas é claro que foram ate mim.

2 de setembro de 2010




O nome dele é Julian, ele era o ser mais desprezível daquele lugar _ele morava na vila dos pedreiros, em São Valentin_e tinha a pior moradia da vila. Até ratos eram mais higiênicos que ele. O muquifo dele era de madeira que sobrara de uma construção, e havia tantos cupins nelas quanto os grãos de areia que havia nas praias desertas_ e na maioria das vezes chuvosas_daquela vila.
Ele era pra todos os efeitos um vendedor num bazar de garagem no vizinho, não ganhava mais de 15 reais por semana e não tinha folga. A vila era “rica”, por assim dizer, comparando-a com as vilas das proximidades.
O que ele ganhava trabalhar para ganhar uma mixaria, viver numa casa caindo aos pedaços e ainda ser anti – higiênico ao extremo?
Ele se perguntava disso todos os dias. Ele não era feliz. A mãe morreu e o mesmo aconteceu com a irmã o pai e noiva.
Ele sofria desde garoto, sempre foi pobre, tirando o dinheiro que a família tirava da pensão _que só restara às cinzas do incêndio ocorrido graças a ele por jogar um pedaço de jornal aceso para a irmã para tentar acender o fogão na cozinha, onde sua família morreu, e depois sua noiva no penhasco ao lado da pensão, foi queimada. Aliás, que ele queimara e exterminara sua família.
No lugar das ruínas da pensão ele construiu a sua casa, morava no lugar mais afastado da vila.

30 de agosto de 2010


Eu, Rose Smith, não me lembro bem de como cheguei aqui. Contaram-me que eu estava chorando e minha mão sangrava. Eu tinha dez anos, estava chovendo muito, foi no dia 23 de novembro de 1810, era o meu aniversario _ foi o que eu disse.
Eu era uma criança que não sabia nada da minha própria vida, mas mesmo assim me criaram, já que ninguém me procurou. Também o que iriam querer com aquela menininha de olhos e cabelos castanhos com aquela pele pálida e translúcida?
Mas eu cresci, fui mal tratada desde que cheguei à cidade. E agora posso dizer que amadureci rápido, não sou tão velha assim e nem poderei ser, não mais.
Desde 1820 eu sou uma vampira. Eu fui encontrada em uma rua qualquer de Rottwill. Quase morta Tyler me levou a sua casa... Onde eu me transformei por completo.
Eu estava no meio da madrugada do inverno de 1820 numa rua qualquer, estava muito escuro e frio_nevava. Eu estava andando distraidamente e me atacaram por trás. Apanharam tudo o que eu tinha de valor. Eram dois patifes, mas eles morreram no dia seguinte _eu os matei. Eles me deixaram sangrando na neve, sangrava pouco, mas eu estava dilacerada. Tyler estava no bosque perto de onde eu estava. Ele me levou para sua casa, nós dois vivemos duas décadas juntos.
Mas na noite do verão de 1840, eu o encontrei _ele estava quase morrendo, lepra não tinha tratamento na época, ele estava na fase terminal, não havia ninguém, nenhum parente sequer, que cuidasse dele.
Eu fui ao hospital naquela noite para cuidar de Emillie, minha “irmã”, e o vi. Ele disse:
_Doutora?Você é nova?Não importa...
Eu vou morrer, hoje, eu sinto isso...
_Hein? Eu vou ajudá-lo!_mesmo sabendo que eu era medica eu podia curá-lo.
_Como? Eu estou caindo aos pedaços.
_Se eu puder fazer algo, mesmo que pareça impossível, você aceitaria?
_Sim eu quero viver. Mas há algo?
_Sim... Do mesmo jeito que eu estou viva agora.
_Como assim?
_Antes que eu te explique como é seu nome?
_Willian. E o seu?
_Rose.
_Me explique e faça o que for necessário, eu não quero morrer, Rose. Por favor, me ajude, eu lhe imploro.
_Will, eu sou uma vampira.
_Eu quero ajuda, quero minha vida!Não quero historias de terror!
_Eu digo a verdade, Will. É serio acredite!
_Eu quero a minha vida!
_Eu posso devolvê-la se você acreditar em mim.
_Faça o que você puder...



CAPITULO 1_O DESTINO

Todos os dias eu andava pelo mesmo caminho, nada mudava.
Todos os dias eu voltava para casa, pois saia da escola.
Eu andava duas quadras com minhas amigas, conversando distraída.
Mas eu me lembro bem,quando o conheci, há uma década.
Eu estava olhando para o chão tentando não tropeçar, como no dia anterior... De repente esbarrei em alguém e caí, mesmo tomando as precauções tolas. Havia uma mão estendida para mim, eu segurei e levantei-me, não me importando a quem aquela mão pertencia. Eu olhei para cima, percebendo o erro, e fiquei paralisada. ”Ele é lindo!”, pensei comigo mesma.
Ele sorriu e eu tremi.
_Olá.
_Hmmmm. Er, oi._Sorri constrangida com a minha reação. Ele também sorriu com desculpas nos olhos azuis.
_desculpe.
_claro!
_você esta bem?
-Sim, não foi nada.
Eu olhei para Zoey, Eydren, Britney e Jane. Elas sorriram e eu arregalei os olhos. Virei para ele de novo, ele olhava fixamente para mim. Eu, novamente estava paralisada, esqueci completamente como me mexer.
_você não aparenta estar muito bem.
_Não se preocupe, eu realmente estou bem.
-Lizzie?Temos que ir! Vão matar-te se você se atrasar!
_É, eu tenho que ir._excitei olhando para ele.
-Tchau.
-Tchau._olhei para ele com um olhar melancólico de despedida, a qual não queria que ocorresse.
Despedi-me de minha amigas e fui ao meu destino de cabeça baixa.
Eu estava derrotada. Olhei para um lado e depois para o outro sem prestar, realmente, atenção e, quando dei por mim estava em seus braços. Havia gritos e uma multidão à nossa volta.
“O que houve? ‘, mas minha voz sumira.
Ele me olhou nos olhos, seu rosto a centímetros do meu. Não consegui, me movimentar novamente só conseguia olhar para seus olhos azuis.
_Me diga, por favor, que você esta bem!
-Eu estou bem._disse sem desviar os olhos dele.
-Lizzie, você esta bem?
-Zoey, Eydren, Britney e Jane, eu estou ótima vocês precisam ir
.Eu também. Converso com vocês depois. Tchau.
Eu me virei e fui andando, mas dessa vez de cabeça erguida, mesmo que doesse. Era melhor assim a ser quase atropelada de novo, por um ônibus.
Eu olhei com mais atenção para atravessar a rua, e ele estava ali. Sorri e atravessei a rua correndo, ele me seguiu.
-eu devia estar com medo, sabe disso, não é?
- sei, também ficaria em seu lugar.
-por que diz isso?
- porque você não me conhece, eu posso ser perigoso!
-você não dá medo. Você é..._eu não podia terminar a frase tinha medo de ser sincera, neste caso.
_eu sou...?
-desculpe, eu não... Esquece!_sorri constrangida.
-tudo bem, não precisa falar se não quiser...
-é que você é bonito._ “bonito”, zombei. Esse adjetivo era muito fraco para ele _Perfeito!_disse tão baixo e me agradeci por isso.
-“perfeito!”?_ele repetiu negando.
-Sim você é!
-Tudo bem. Você quem sabe.
-eu queria te perguntar uma coisa... Como é seu nome?
-Riley. Riley McOlley.
-Você já sabe o meu não é?
-Sim._sorriu descontraído.
E eu parei em frente a minha casa.
-Eu vou ter que entrar.
-Tudo bem eu devo estar atrasado._Olhou para o relógio que estava em seu pulso._foi o que pensei.
-Que horas são?
-Meio dia e quinze.
-Bem na hora.
-Tchau de novo.
-Isso é um adeus?
-Não, espero que não.
Ele veio até mim e me beijou, seu beijo em meu rosto fez com que minha cabeça girasse. Cambaleei ate o portão.
Olhei para trás, após me recuperar, mas ele já havia sumido. Toquei a campainha, e logo minha mãe abriu o portão e me cumprimentou. Entrei e corri para meu quarto. Tinha de pensar, digerir e saber o que fazer e o que pensar.
_Lizzie?
_o que?
-Venha almoçar!
-Estou indo!
Troquei de poupas e desci a escada.
Depois de comer fui para meu quarto, arrumei minha cama e fiz os deveres da escola. Não havia mais o que fazer, então comecei a ler um livro, mas não consegui,como esperava .
Riley ficou em minha cabeça, por mais que tentasse esquecê-lo, ele continuava em minha mente.
Eu esperava desesperadamente que não sonhasse com ele, que não dissesse seu nome enquanto dormisse.
De tarde minha irmã chegou da escola e começou a tagarelar. A minha salvação foi me trancar no banheiro, tomar um banho e me vestir.
Tomando banho pensei e não cheguei a nenhuma conclusão. Como eu reagiria se visse ele de novo?Eu deveria me agradecer, afinal ele me salvou.
A imagem voltava a minha mente toda a vez que fechava os olhos.
Loiro acinzentado, olhos azuis, a pele era translúcida, a barba por fazer, as suas roupas que delineavam seus músculos...
Suspirei era a única coisa que podia fazer.
Tentei ler um livro, escutar uma musica, mas nada ajudava.
Finalmente o sono chegou e dormi profundamente sem sonhos e sem pesadelos.
Na manhã coberta de nuvens cinza, me esforcei para me arrumar por que ele poderia aparecer novamente.
Saí com minha mãe, eu precisava me preparar. As meninas me iriam encher de perguntas.
Zoey já estava na escola. Eu fugi, tentei me esconder, mas ela foi mais rápida. Ela me seguiu ate a quadra.
-Oi, Lizzie. Tudo bem?
-Oi Zoey. Estou bem e você?
-Não, não estou bem.
- O que houve?
-Eu quero saber!
-Tudo bem... Pergunte-me e respondo se conseguir.
-Como é o nome dele?
-Riley McOlley.
-Quantos anos ele tem?
-Não sei.
-O que ele disse a você?
-Bom, nada de importante.
-E o que você disse a ele?
-Disse que ele é perfeito.
-Ele disse se vocês vão se ver novamente?
-É o que nós dois esperamos.
-Humm. Espero que ele não seja muito velho.
-Você sabe que idade não é um problema.
-Oi meninas!_Drake entrou na quadra interrompendo a conversa.
-Oi Drake!_dissemos juntas.
-Er... Eu vou ir para a sala._Não podia falar desse assunto para mais ninguém._Zoey, duas coisas. Primeiro: não conte a mais ninguém. Segundo: poupe-me das meninas. Fale apenas o necessário, por favor!
-Não posso saber?
-Não desculpe, mas não. Isso não é nada que queira compartilhar com você e com mais ninguém!
-Ah!_suspirou fazendo manha..
Mas não podia mesmo dizer a ele não confiava tanto assim nele.
-Desculpe.
Fui para a sala e me sentei no fundo, como sempre. ”A quarta feira mais longa de minha vida!”
As aulas continuaram se arrastando ate o intervalo e novamente ate a saída. Eu fui andando, entusiasmada. Queria vê-lo, esperava isso.
Jane ficou em frente a sua casa, após nos despedirmos Seguimos até a esquina, conversamos um pouco, nos despedimos e aí eu me virei para olhar a rua e ele estava ali.
-Oi, Lizzie!_me cumprimentou com um beijo e um abraço.
-Riley!Você veio!_eu o abracei mais forte.
- Claro que vim. Você acha, sinceramente, que eu deixaria de vir?
Sim, eu não viria.
-E por quê?
-Porque eu sou a segunda pessoa mais feia que eu conheço.
-Então você tem problemas de visão ou péssimos exemplos!_sussurrou
-Bom, que horas são?
-Meio dia e cinco.
-Eu tenho dez minutos.
- Riley, quantos anos você tem?_Zoey perguntou.
-Vinte e três.
-Desculpe, eu não sabia se podia falar, ma elas insistiram..
-Tudo bem, há algumas coisas que não devemos esconder dos amigos.
-Lizzie, você tem que ir._Eydren soltou num suspiro, interrompendo o longo olhar entre mim e Riley. Zoey a cutucou.
-É nós temos que ir._Britney afirmou._Hoje eu e Eydren temos que fazer um trabalho.
-Vocês podem passar na minha casa e posso ajudar!_Dei uma leve pausa para pensar._Bom, então é tchau!Ate amanhã. Ou melhor, até hoje de tarde... Eu espero.
Eu, sem olhar para ver se havia algum carro que me impedisse de atravessar a rua, comecei a atravessar, mas alguém me puxou. Era Riley.
-O que foi?
-Você devia ser mais atenta!Você quer morrer?_e vi o motivo da bronca. Acabara de passar um carro.
-Quis um dia. Mas acho que não há um motivo, não agora!
Olhei para Zoey, lembrando de quando eu era meio depressiva.
-Lizzie, você tem que ir!
-Tudo bem.
-Tchau._Riley, não olhou para mim.
Eu levei um choque quando Riley disse o simples “-Tchau.”
Meus olhos se encheram de lagrimas, eu, novamente, queria morrer.

19 de abril de 2010

Além do sofrimento


Ela era quieta, ficava num canto da sala, tímida e prisioneira de si mesma. Frágil e desnorteada, solitária e depressiva _ é o que parecia _ não importava – se com o que acontecia ao seu redor . Ela sempre estava absorta em seus devaneios. Sim, essa é uma descrição quase perfeita de Clara .
Ele era comunicativo, ficava no centro da sala com todos, solto e largado. Dado e popular, grosso e estúpido _ mas isso era uma mascara_no fundo ele era bom. Claro, que essa descrição é transparente para Pedro.
Ele “odiava” Clara, e ela nem o conhecia, aliás , nem sabia que ele existia . Ela não conhecia ninguém , era nova na escola , era o primeiro dia de aula . A turma onde ela estava era contra os novatos, esse era o real motivo para Pedro “odiar” ela, mesmo sendo tão meiga, gentil e linda, ele aparentemente a odiava _ por que ele não queria admitir que a amava ?
Ela chegou a seu carro (Ford kA roxo), jogou sua mala no banco do carona, girou a chave e fechou a porta. De repente em sua janela apareceu alguém que ela nunca vira antes, um louro de olhos azuis como o mar, a pele branca, alto e musculoso, ele era lindo, e seu coração bateu mais rápido quando o viu.
Ele gravou aquela imagem em sua cabeça, uma morena de olhos castanhos cintilantes que derretiam, com a pele clara e manchinhas no rosto ela era linda.
A cada semana que se passava, eles estavam mais envolvidos e apaixonados, então, Pedro pediu Clara em namoro. Ela aceitou.
No dia 15 de abril, nos noticiários da TV todos os jornais diziam que, no mesmo dia havia fugido da cadeia um psicopata muito perigoso, aliás, o mais procurado do país.
Pedro e Clara estavam sentados num banco qualquer da praça central quando um homem moreno apareceu de carro na praça. Saindo do carro correu até o banco onde estavam Pedro e Clara e apontando a arma a eles mandou-os que antrassem no carro. Eles entraram Clara chorando e tremendo, Pedro a abraçava.
O homem dirigindo gritava nervoso e confuso:


_ Ei garoto você sabe dirigir?
_Sim, eu sei, mas... _Pedro estava muito nervoso.
_Eu não quero desculpas rapaz. Eu vou parar o carro, vocês vão descer dele, você, rapaz, vai dirigir. A guria vai sentar no banco do carona e, eu vou deitar. La atrás. Entenderam bem?Façam tudo, tudo mesmo, direitinho ou vão se errepender.

O homem estacionou o carro. Saiu e tirou Pedro e Clara do carro. Ele entrou atrás e deitou – se. Pedro e Clara entraram em seguida. Pedro começou a dirigir Clara estava com medo, muito medo, mas tentando acalmar - se perguntou ao homem deitado:

_ Como é o seu nome moço?
_Meu nome, como é meu nome? Você não viu nos noticiários?_ele zombou.
_Não, senhor.
_Eu sou a pessoa mais famosa do país!
_Nossa eu nunca ouvi falar de você!
_Meu nome é: Jim, Jim Smith. E agora? Lembra-se de algo?
_Não, desculpe, mas não. Não me lembro de absolutamente nada.
_Eu sou a pessoa mais procurada de todo o país, o pior assassino desse país, me chamam de psicopata. Entendeu o por quê ?
_Óh meu Deus!
_ Eu sei, as pessoas têm essa reação perto de mim quando sabem quem eu sou. Mas não vou fazer mal a vocês se foram obedientes. Quem sabe?_disse com os dedos cruzados.
_Ei pra onde vamos? _perguntou Pedro.
_Sabe onde fica o armazém abandonado?
_Sim, perto da praia deserta!
_Isso muito bem! Agora eu quero um celular. Alguém tem?
_Eu tenho! _diceram os dois juntos, Pedro e Clara.
_Então me entreguem!_os dois entregaram os aparelhos a Jim.
_Como vocês estão sendo obedientes, eu vou dar uma coisa em troca, vou dar um desconto a vocês, mas pra isso eu quero chegar. La no armazém!
_Chegamos! _disse Pedro.
_Muito bem! Saiam do carro e entrem no armazem agora.
_Tudo bem? _disse Pedro a Clara.
_Sim, mas e se ele fizer alguma coisa ruim conosco?
_Não sei!
_Ei, ei eu vou ser bonzinho eu prometo! _mas e se ele estivesse mentindo?


Mas quando eles entraram no armazém abandonado viram que era completa mentira. Ali havia uma sala de tortura e no chao montes de pessoas apodrecendo.
Quando os dois viram isso queriam correr, mas as portas estavam trancadas. Eles estavam ali com um asssassino.
Primeiro foi à vez de Clara. Jim prendeu a perna dela em uma guilhotina. E, então, atorou a perna dela. Ela gritava de dor. Era a dor mais aguda que sentira na sua vida. A pior das dores que já sentiu. Nesse momento Pedro estava amarrado em um pilar para não tentar salva-la.
E depois Jim resolveu que agora era a vez de Pedro, mas antes disso atorou a outra perna dela. O mesmo grito de dor surgiu, o grito agonizante, so que agora Pedro gritava com ela.


Como ela não podia andar era a vez de Pedro, ele pegou e o colocou deitado em um lugar plano onde ele enfiou nas pernas de Pedro um prego grande, em cada perna do garoto. Ligou um fio em cada prego, ligou a chave de luz e deu um choque de 110 v aproximadamente. Pedro gritava não aguentava mais.

_Mate-me! Mate-me de uma vez!
_ Não! A morte lenta é mais interessante! Eu gosto do sofrimento dos outros é tão... excitante!Não vou disperdiça-lo!


Ele não agüentava mais. Ate que de repente parou. Agora, ele estava sendo arrastado. Ele foi levado a correntes, correntes com pontas o que era aquilo? Até que Jim cravou as pontas em seu corpo ele ficou pendurado naquilo e o rasgava por dentro. Ele não conseguia mais gritar.
E agora era vez de Clara. Ela foi arrastada, ate uma sela e depois, oque ela viu... Ela não sabia o que era, mas, quando foi arrastada até mais perto pode entender melhor que aquilo seria preso em seu pescoço e, a furaria e a rasgaria. Era uma coleira pontiaguda pra dentro. Equando seu pescoço foi preso ali ela sentiu muita dor. Ela estava com hemorragia.
Pedro estava morto. E ela estava ali nos seus últimos instantes, pois sabia que não agüentaria. Então o seu ultimo suspiro e pronto acabou em no mínimo meia hora. Os dois morreram. Seus restos mortais foram jogados na praça central a cima do gelo, e o mesmo ficou avermelhado rapidamente durante aquela madrugada fria, e de manhã as pessoas paravam e começavam a gritar ao ver a cena. Jim nunca mais foi achado. Mas, cenas como essa se repetiram várias vezes.






Fim