19 de abril de 2010

Além do sofrimento


Ela era quieta, ficava num canto da sala, tímida e prisioneira de si mesma. Frágil e desnorteada, solitária e depressiva _ é o que parecia _ não importava – se com o que acontecia ao seu redor . Ela sempre estava absorta em seus devaneios. Sim, essa é uma descrição quase perfeita de Clara .
Ele era comunicativo, ficava no centro da sala com todos, solto e largado. Dado e popular, grosso e estúpido _ mas isso era uma mascara_no fundo ele era bom. Claro, que essa descrição é transparente para Pedro.
Ele “odiava” Clara, e ela nem o conhecia, aliás , nem sabia que ele existia . Ela não conhecia ninguém , era nova na escola , era o primeiro dia de aula . A turma onde ela estava era contra os novatos, esse era o real motivo para Pedro “odiar” ela, mesmo sendo tão meiga, gentil e linda, ele aparentemente a odiava _ por que ele não queria admitir que a amava ?
Ela chegou a seu carro (Ford kA roxo), jogou sua mala no banco do carona, girou a chave e fechou a porta. De repente em sua janela apareceu alguém que ela nunca vira antes, um louro de olhos azuis como o mar, a pele branca, alto e musculoso, ele era lindo, e seu coração bateu mais rápido quando o viu.
Ele gravou aquela imagem em sua cabeça, uma morena de olhos castanhos cintilantes que derretiam, com a pele clara e manchinhas no rosto ela era linda.
A cada semana que se passava, eles estavam mais envolvidos e apaixonados, então, Pedro pediu Clara em namoro. Ela aceitou.
No dia 15 de abril, nos noticiários da TV todos os jornais diziam que, no mesmo dia havia fugido da cadeia um psicopata muito perigoso, aliás, o mais procurado do país.
Pedro e Clara estavam sentados num banco qualquer da praça central quando um homem moreno apareceu de carro na praça. Saindo do carro correu até o banco onde estavam Pedro e Clara e apontando a arma a eles mandou-os que antrassem no carro. Eles entraram Clara chorando e tremendo, Pedro a abraçava.
O homem dirigindo gritava nervoso e confuso:


_ Ei garoto você sabe dirigir?
_Sim, eu sei, mas... _Pedro estava muito nervoso.
_Eu não quero desculpas rapaz. Eu vou parar o carro, vocês vão descer dele, você, rapaz, vai dirigir. A guria vai sentar no banco do carona e, eu vou deitar. La atrás. Entenderam bem?Façam tudo, tudo mesmo, direitinho ou vão se errepender.

O homem estacionou o carro. Saiu e tirou Pedro e Clara do carro. Ele entrou atrás e deitou – se. Pedro e Clara entraram em seguida. Pedro começou a dirigir Clara estava com medo, muito medo, mas tentando acalmar - se perguntou ao homem deitado:

_ Como é o seu nome moço?
_Meu nome, como é meu nome? Você não viu nos noticiários?_ele zombou.
_Não, senhor.
_Eu sou a pessoa mais famosa do país!
_Nossa eu nunca ouvi falar de você!
_Meu nome é: Jim, Jim Smith. E agora? Lembra-se de algo?
_Não, desculpe, mas não. Não me lembro de absolutamente nada.
_Eu sou a pessoa mais procurada de todo o país, o pior assassino desse país, me chamam de psicopata. Entendeu o por quê ?
_Óh meu Deus!
_ Eu sei, as pessoas têm essa reação perto de mim quando sabem quem eu sou. Mas não vou fazer mal a vocês se foram obedientes. Quem sabe?_disse com os dedos cruzados.
_Ei pra onde vamos? _perguntou Pedro.
_Sabe onde fica o armazém abandonado?
_Sim, perto da praia deserta!
_Isso muito bem! Agora eu quero um celular. Alguém tem?
_Eu tenho! _diceram os dois juntos, Pedro e Clara.
_Então me entreguem!_os dois entregaram os aparelhos a Jim.
_Como vocês estão sendo obedientes, eu vou dar uma coisa em troca, vou dar um desconto a vocês, mas pra isso eu quero chegar. La no armazém!
_Chegamos! _disse Pedro.
_Muito bem! Saiam do carro e entrem no armazem agora.
_Tudo bem? _disse Pedro a Clara.
_Sim, mas e se ele fizer alguma coisa ruim conosco?
_Não sei!
_Ei, ei eu vou ser bonzinho eu prometo! _mas e se ele estivesse mentindo?


Mas quando eles entraram no armazém abandonado viram que era completa mentira. Ali havia uma sala de tortura e no chao montes de pessoas apodrecendo.
Quando os dois viram isso queriam correr, mas as portas estavam trancadas. Eles estavam ali com um asssassino.
Primeiro foi à vez de Clara. Jim prendeu a perna dela em uma guilhotina. E, então, atorou a perna dela. Ela gritava de dor. Era a dor mais aguda que sentira na sua vida. A pior das dores que já sentiu. Nesse momento Pedro estava amarrado em um pilar para não tentar salva-la.
E depois Jim resolveu que agora era a vez de Pedro, mas antes disso atorou a outra perna dela. O mesmo grito de dor surgiu, o grito agonizante, so que agora Pedro gritava com ela.


Como ela não podia andar era a vez de Pedro, ele pegou e o colocou deitado em um lugar plano onde ele enfiou nas pernas de Pedro um prego grande, em cada perna do garoto. Ligou um fio em cada prego, ligou a chave de luz e deu um choque de 110 v aproximadamente. Pedro gritava não aguentava mais.

_Mate-me! Mate-me de uma vez!
_ Não! A morte lenta é mais interessante! Eu gosto do sofrimento dos outros é tão... excitante!Não vou disperdiça-lo!


Ele não agüentava mais. Ate que de repente parou. Agora, ele estava sendo arrastado. Ele foi levado a correntes, correntes com pontas o que era aquilo? Até que Jim cravou as pontas em seu corpo ele ficou pendurado naquilo e o rasgava por dentro. Ele não conseguia mais gritar.
E agora era vez de Clara. Ela foi arrastada, ate uma sela e depois, oque ela viu... Ela não sabia o que era, mas, quando foi arrastada até mais perto pode entender melhor que aquilo seria preso em seu pescoço e, a furaria e a rasgaria. Era uma coleira pontiaguda pra dentro. Equando seu pescoço foi preso ali ela sentiu muita dor. Ela estava com hemorragia.
Pedro estava morto. E ela estava ali nos seus últimos instantes, pois sabia que não agüentaria. Então o seu ultimo suspiro e pronto acabou em no mínimo meia hora. Os dois morreram. Seus restos mortais foram jogados na praça central a cima do gelo, e o mesmo ficou avermelhado rapidamente durante aquela madrugada fria, e de manhã as pessoas paravam e começavam a gritar ao ver a cena. Jim nunca mais foi achado. Mas, cenas como essa se repetiram várias vezes.






Fim